sábado, janeiro 22, 2005

sacudi as mãos da poeira do tempo

tenho as mãos impregnadas
do teu perfume

perdi-me de ti,
numa manhã esquecida

piso as ruas atravessadas
ténue nos meus passos

no corpo, fica a saudade
em cada poro

juntei os sonhos
que ficaram calados
nas madrugadas dissolvidas

as horas, essas correm nos dias
onde as cores são proibidas

grito segredos terríveis ao vento,
cansando o corpo
que se desfaz

no leito repousam as desilusões

onde estás?

sinto-te dentro de mim
mas muito longe de ti


l.maltez

2 comentários:

Anónimo disse...

Adoro ler-te cada vez mais e mais!
beijo fofo

Anónimo disse...

Está bonito. Sim senhora...

Assin: Artur Rebelo

rosto...

  rosto em silabas as artérias estão vazias dentro de mim. escuto gritos sucessivos e a sede é abandono em dias inúteis. o tempo é...